Sempre escuto: Você não poderá
casar ou ter filhos? Como você faz para superar seus desejos, você reza?
Casar não é assumir diante de
Deus a responsabilidade de fazer a outra pessoa feliz, por que esta pessoa é
especial e digna de seu amor.
O casamento só existe porque Deus ama sua
criação e especialmente sua esposa, a Igreja. Por isso, que também a Igreja
assume diante da sociedade, do mundo, fazer sempre o noivo feliz, obedecendo e
amando fielmente.
A Castidade em alguns aspectos se assemelha ao
casamento. Castidade é uma escolha livre, é um desejo profundo que brota da
alma. Assumo diante de Deus a responsabilidade de fazê-lo feliz.
O Senhor é mais do que especial!!!
E se no casamento entrego minha pureza carnal, quanto mais não entregarei a Deus
minha pureza espiritual, casto no corpo e na alma!
A Castidade religiosa é o
desapego necessário ao corpo e a alma. Este desapego é assumido diante da
sociedade, do mundo. Tal caminho me conduz a uma radicalidade fiel é a forma
demonstrarmos o valor de Senhor e o amor que sentimos por Ele.
E o ato de ter filhos não é a união de dois
amores diferentes, capazes de gerarem outros seres, ajudando-os a crescer,
nutrir-se, desenvolver-se, até chegarem a maturidade da vida?
O grande mistério da vida
religiosa revela que a Castidade não é estéril, ela gera filhos!
O amor a Deus
gera ainda em jovens, adultos e velhos o profundo desejo de renascer, de
demonstrar seu amor com um novo modo de ser. Desta nova postura de vida, nasce
uma nova criatura com novo modo de pensar, agir e amar.
A castidade o ensina novas formas
de amar o Noivo Santo, descobrindo que todo Amor que devotamos tem como base o
Amor Eterno.
E mais, ninguém escolhe sua família. Ninguém escolheu sua mãe seu pai ou seu irmão menor. E mesmo
assim todos possuem um laço que os unem e identifica, este laço é sanguíneo une
e identifica. A família se respeita, se cuida, se ama.
A vivência da castidade na vida
Religiosa, me permite construir uma fraternidade ( uma família, irmãos) os
membros desta família, também não escolho e o laço que nos une é o amor de
Cristo, o amor à Cristo, neste caso na experiência franciscana, Cristo pobre
humilde e Crucificado. Este amor é o que nos une, identifica.
Em um casamento aprendemos a amar
não só a esposa, mas também acolhemos toda sua família, como a sogra, o
cunhado, os sobrinhos, enfim, mais uma família é anexada à sua vida.
A castidade presente na vida
Religiosa com sua pureza e responsabilidade com Deus, possibilita amar não só
mais uma família, mas a todos. Tenho por este voto, esta vida, a liberdade
necessária para ampliar este modo de amar infinitamente em todos, em todas as
criaturas.
Da castidade nasce a pureza no
olhar, no falar, no amar, nasce a abertura necessária para o outro.
O Religioso que professa o voto
de castidade de certa forma se casa sim, tem filhos e constitui família. Esta
família tem um laço primeiro espiritual que nos une e identifica que se estende
fisicamente, até no modo de me vestir. O casto sempre será filho, irmão, pai,
mãe, pois sempre visará que todos participem do laço do Amor de Cristo, da
família de Deus.
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