PASSOS

NO

SILÊNCIO

Senhor fazei de mim um instrumento de vossa paz.

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AS MÃOS DO SACERDOTE

    Admirem as belas mãos dos sacerdotes! Como elas brilham e refletem a graça. Sempre as olho procurando compreender o mistério que ali reside.
            Na confissão, no momento em que elas se erguem, fico trêmulo, quando traçam o sinal da cruz, quase desfaleço. Ao descer no movimento vertical rasgam meu coração, e na sequência do movimento horizontal, arrancam todos os pecados impregnados em minha alma, pecados que escondiam o brilho do amor presente em meu coração.
            Quando elas tomam os sagrados dons e os apresentam, abrem os céus e uma luz intensa invade a Santa Missa;
Na consagração quando erguem o Corpo do Senhor, eleva consigo todos que entregaram seus corações, e ali no altar, aquelas almas contemplam, na elevação, o céu. Estas almas são como que “mortas” na consagração, porque, uma vez que entregaram seu coração no calvário do altar junto com Nosso Senhor Jesus Cristo, seus corações são agora conduzidos por aquelas santas mãos e não “residem” mais em si mesmos, em seus corpos, mas em Deus.
            Os santos, sabiamente, deixam seus corações lá no céu para onde as santas mãos os levou. Eles anseiam com um ardor infinito e inflamado o Preciosíssimo Sangue que agora é a única fonte de vida e de sentido. Por isso que ao verem o santo cálice ficam extasiados e estupefatos indo a ele sedentos de vida, sedentos da vida que lhes é entregue por aquelas mãos.
            Estas mãos santas se erguem ornadas de pureza e do santo cálice e colhem do lado aberto de Nosso Senhor Jesus o preciosíssimo Sangue, o mais puro néctar da salvação, a bebida de imortalidade, a fonte da vida que nutrirá os sedentos de Amor.
            Bendita mão do sacerdote santo que erguida na confissão ao traçarem o sinal da Cruz e absolver o penitente é como o cajado que fere a rocha do coração ressequido e duro do pecado, fazendo-o jorrar as águas da salvação, do perdão, do louvor e da misericórdia.
E mais bendito ainda sejam essas mãos que na consagração se tornam unidas como o útero da Virgem Maria, trazendo novamente seu precioso Filho Jesus Cristo como verdadeiro alimento e bebida de vida eterna.
Mãos que nos alimentam não com o pão e vinho, mas como o Corpo e Sangue de Jesus Cristo. Santas mãos que: ao confessarem e absolverem, ao consagrar e distribuírem, realizam a realíssima memória de nossa Salvação.

Amemos estas santas mãos e o mistério que elas nos conduzem para que jorrando do nosso coração a fonte da misericórdia, possamos um dia viver somente do precioso Sangue do Senhor. Assim consagrados, gozaremos da eterna bem aventurança junto a fonte de nossa Salvação, nosso Senhor Jesus Cristo.

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