O bom pastor é aquele que conduz, tem autoridade sobre
o rebanho. As pobres ovelhas não enxergam bem e não distinguem entre a erva
danosa e a boa pastagem, são frágeis e se assustam facilmente.
O bom pastor sempre visa o melhor para o rebanho de
modo que quando uma ovelha não reconhece sua voz, ele amarra suas patas e a põe
nos seus ombros, para que em seus ombros bem próxima aprenda a reconhecer sua
voz, seu cheiro, seu toque, seus afagos. Ele deseja ter bem próximas a ele e
que ao menos sua voz reconheçam. Uma ovelha que não reconhece seu pastor é
facilmente enganada e não sabe diferenciar entre uma reprimenda, ou uma
brincadeira, entre um chamado e um alerta de perigo.
O bom pastor é organizado, sua autoridade é verdadeira
e sabe extrair o melhor de seu rebanho. E para bem exercer sua atividade é
importante que o rebanho não seja unicamente a vontade do pastor, mas que sendo
respeitado, ensine o pastor a deixar-se conduzir. O bom pastor conduz as
ovelhas e é conduzido por elas, estas lhe mostram quais pastagens preferem,
mostram se estão cansadas, doentes, etc.
Neste momento o pastor
se torna um bom cordeiro, pois é conduzido para bem conduzir. Ele perde suas
nuances de pastor e se abre para que sua tarefa seja mais bem realizada. Não
existe pastor sem rebanho, e, rebanho sem pastor. A lã, a carne, o leite, o
couro são indispensáveis na vida do pastor, assim como a boa guia, a proteção,
o cuidado com as feridas, doentes, desgarradas são importantes. Enfim, um é
importante para o outro, um constitui o outro, conferem identidade e ajudam-se
na realização de suas capacidades.
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