PASSOS

NO

SILÊNCIO

Senhor fazei de mim um instrumento de vossa paz.

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O CASAMENTO DE JESUS






 



No Evangelho de hoje gostaria de ressaltar uma dimensão da fé católica e bíblica muitas vezes deixada de lado, o matrimônio.
Para compreender e participar desse matrimônio é necessário entender que as Sagradas Escrituras iniciam com o Episódio do criação do Homem e da Mulher e que eles se unem, e, em Apocalipse a dimensão do matrimônio conclui com o trecho a Esposa e o Espírito dizem vem. (Ap 22,17)


Sim o Casamento, a união indissolúvel de um homem e uma mulher são a capa e a contracapa do Livro Sagrado, toda a História da Salvação é uma compreensão de que faço parte de uma família.


Tudo Bem até o momento, mas o título da reflexão fala sobre o casamento de Jesus. Jesus se casou? A resposta é afirmativa SIM!


Para compreendermos essa relação farei uma analogia com o texto de Genesis e Jesus Cristo.

Adão é criado do barro, (a etimologia de Adão em uma livre tradução seria o terroso, feito da terra)
Jesus é o gerado não criado do Pai enviado na plenitude dos tempos feito carne.
Do mesmo modo que Adão criado por Deus recebe a missão de nomear todas as coisas.
Cristo Jesus o Verbo do Pai tem a missão de por meio Dele serem criada e nomeada todas as coisas. “Por Ele e para Ele todas as coisas foram criadas.”(Ef 2,10)
Deus viu que era bom após criar todas as coisas olhando para Adão percebe “é bom que o homem não fique só”
Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho (Gl 4,4)

Adão ao nomear toda a criação se torna Senhor, nomear significa dominar ser soberano sobre, não se plenifica. Revela, assim, que as coisas não são capazes de preencherem o coração do Homem. Ele padece de uma Solidão Existencial e só algo próximo a imagem e semelhança de Deus, igual a ele seria capaz de atualizar o desejo de Deus


Cristo Jesus do Mesmo modo, mesmo sendo Deus sente uma “solidão”, pois o homem criado à sua imagem e semelhança tornando desfigurado pelo pecado precisa ser resgatado
“Embora fosse de divina condição não se apegou a ser igual a Deus, mas esvaziou tomando a forma de um servo, fazendo-se semelhante aos homens (Fl 2,5-11)

Então Deus fez cair um sono profundo sobre Adão e abre seu lado e retirando não do coração, pois este pertence a Ele, mas o mais próximo do coração, da costela,
 molda para o Homem uma companheira que o irá auxiliar na obra de se entregar a Deus.


Na cruz o Pai entregou o próprio Filho ao sono da morte e fazendo transpassar seu lado vai até o coração fazendo jorrar o sangue da Salvação, o Sangue da nova e Eterna Aliança
.
A morte de Jesus ocorre por Amor da Esposa, a Igreja.

AQUI TEMOS O CASAMENTO DE JESUS!

Na Eucaristia ouvimos Eis o Sangue da nova e eterna Aliança. A Aliança de Amor, que assume até o sofrimento, dor e a morte
O matrimônio no plano salvífico de Deus não foi corrompido nem pelo pecado, e se torna de certa forma um remédio e uma escola de amor para os cônjuges. A todo momento o homem precisa deixar pai e mãe para se unir a sua mulher. Precisa deixar suas seguranças para construir uma casa alicerçada na doação.

Cristo ama a Igreja e se doa por Ela suporta a dor e o sofrimento para que ela se torne santa e Imaculada, aceita o sofrimento e o abandono para que a vida e a vida em abundância frutifique.

Adão ao acordar entoa o primeiro poema romântico, Ossos dos meus ossos, carne da minha carne! Ele exulta, pois não está só.
Adão é capaz de gerar uma multidão de filhos!

Assim Jesus que ao se entregar gera uma multidão! Tornando sua Esposa, a Igreja fecunda.
Convinha de fato que aquele, por quem e para quem todas as coisas existem, e que desejou conduzir muitos filhos à glória, levasse o iniciador da salvação deles à consumação, por meio de sofrimentos. Pois tanto Jesus, o Santificador, quanto os santificados, são descendentes do mesmo ancestral; por esta razão, ele não se envergonha de os chamar irmãos. (Hb 2,10)

O casamento entre Cristo e sua Igreja nos ensina que há uma sublime missão escondida no Matrimônio no ato de se doar, e que a consumação de tal projeto salvífico passa pelas etapas descritas até aqui:

- saber que possuímos uma origem divina.
- reconhecer que as coisas são incapazes de nos preencher.
- ter certeza que o chamado ao matrimônio é uma vocação divina, não um mero contrato.
- estar disposto a deixar tudo por esse projeto – “deixar pai e mãe”.
- captar que o matrimônio não se baseia no sentir, mas na escolha livre e na vontade de entregar a si mesmo.
- distinguir que o outro deve ser sempre acolhido como um dom de Deus.
- Compreender que a sua Salvação passa pela relação com seu cônjuge.
- Conscientizar-se que o sofrimento e as dificuldades serão um caminho para progredirem nesse ato Amor.



O Espírito e a Esposa dizem vem!
ASSIM COMO NO LIVRO DO APOCALIPSE SOMENTE PELA AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO E PELA IGREJA SEREMOS CAPAZES DE LEVAR À CABO NOSSA TAREFA DE APRENSENTAR DIANTE DE DEUS NOSSA ESPOSA PARA QUE ELA RESPLANDEÇA A BELEZA DO AMOR E SACRIFÍCIO DA ENTREGA DIÁRIA.

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