PASSOS

NO

SILÊNCIO

Senhor fazei de mim um instrumento de vossa paz.

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Dez- Abrigado!



Ao pensar o mistério do Natal, fico muito impressionado com a ideia de que José e Maria não encontraram abrigo na cidade para o recenseamento. Vagando, então, José e Maria se abrigam de improviso em um lugar próprio para os animais.

O que perturba e encanta é o paradoxo que temos hoje, pois, a "criança desabrigada e sem lar, fugida e perdida, seja celebrada em todos os lares!" (Chesterton)

A criança depositada em uma manjedoura, traz a lição da humildade e da acolhida, inconsciente da grandeza de sua presença ela encheu toda a gruta de Belém, a cidade de Belém, os campos de onde os pastores vieram; encheu também toda a terra santa, e o Ocidente, marcou a história, aliás a história só foi inventada por sua causa, encheu a arte de belas imagens e cantos.

E hoje mesmo, mesmo, com o capitalismo e as "imaculadas tecnologias" ele ainda ocupa lugares desumanos como shoppings e repartições públicas, entradas de luxuosos hotéis, rotatórias de grandes avenidas. disse desumano, não porque não tenha humanos nesses espaços, ou que esses humanos nãos tirem seu sustento dignos e suado destes espaços. 

A desumanidade está em ser indiferente a esses homens. percebam a máxima: VISITOU UM SHOPPING, VISITOU TODOS!  viu um faxineiro, viu todos, viu um guarda viu todos, viu um garçom viu todos, viu um prédio viu todos, viu uma pedra viu todas!

É a indiferença desses espaços que o desumanizam, uma pena que a arquitetura moderna seja bela e impessoal (visitem Brasília). 

Até nossas igrejas estão impessoais, viu uma viu todas! 
Nesse período se tornam caixotes com luzes, enfeites e queira Deus que tenha algo dentro e não se tornem desumanas!

O DESABRIGADO menino, fez algo notável!

Sem lar, sem abrigo é capaz de acolher todos, mesmo que o clima na capital federal sempre chova, o que quase nos obriga a ficar em casa, mas este desabrigado mostra todos quantos perderam suas casas, quantos estão nas ruas, os abandonados nos asilos, abandonados em sacos plásticos por ser um pueril inerme.

Ainda assim, o Natal surpreende, ao ser abrigado nos lares o DESABRIGADO está esperando fora dos lares, mesmo que celebremos com toda beleza esse Natal, eles ainda morrem de frio, solidão, aborto, banzo, nas guerras que são travadas nos becos, praças, asilos, a guerra da fome, da vida, a guerra da saudade.

Que ao Celebrar o Desabrigado, meu abrigo acolha pelo menos DEZ pessoas desabrigadas, não desejo levá-los todos para casa, mas que tal começar perguntando o nome e de onde são?


Assim o desabrigado, me impulsionará aos DEZ-ABRIGADOS!

Que tal em vez de celebrar somente, eu também não o acolha nos desabrigados!

Me esqueci dos desabrigados da casa fé, da casa esperança, da casa carinho, mas deixemos isso para depois, isso é para outro natal!



eis um bom exemplo! uma boa ação, a do mendigo!

Aqui o desabrigado é acolhido pelo morador de rua! Esse desabrigado tem a chance de aprender sobre a Humildade, sobre confiança!

De que vale ter e não ser?

aqui o desabrigado é o Ator! o Desabrigado é o que abriga e acolhe!

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