Ontem, conversando com uma colega de trabalho ela lamentava e externava sua tristeza pela morte de um parente de seu esposo. No entanto, seu pesar e luto não era pelo fim da vida de alguém que amava. Seu desconsolo era no fundo por ela. a origem de sua agrura era não gozar do dom da vida do outro, dos encontros com ela, dos almoços, dos momentos felizes.
CHORAVA NO FUNDO POR ELA MESMA!
Que agora desamparada em seus desejos, tinha como subterfúgio o conceito da ressurreição, na qual ela proclamava sem muita convicção, "a única esperança". Ressentindo a dor ela caminhava...
O que chorar quando chorar então?
Nesse sentimento de chorar a ausência de momentos felizes, vislumbro o desejo profundo de ter uma alegria que não passa, uma presença cativante que preencha a vida e a morte.
Mas onde encontrar tal experiência?
Só vejo a resposta no cristianismo! onde a dor da solidão, do abandono, da morte é vencida pela certeza da ALEGRIA, do ENCONTRO, da VIDA que nunca tem fim.
Na CRUZ ! Vemos a ALEGRIA da possibilidade de se entregar livremente. Temos a certeza do ENCONTRO mais verdadeiro, inclusive com os que choram nossa perda. E a certeza de que quem VIVE do modo de Cristo, jamais morre.
Descobrindo isso, desejo cultivar tal resposta de todos os que perdem alguém.
A CERTEZA DE QUE PODEMOS VIVER MAIS PLENAMENTE COMO UM COMPROMISSO DE SER FIEL ÀQUELE QUE HOJE É SEPULTADO E QUE VIVE A PLENITUDE.
A EXPERIÊNCIA DE ENCONTRAR MAIS PROFUNDAMENTE O OUTRO SEM A DISTÂNCIA FÍSICA, DO TEMPO, POIS A VIDA DO OUTRO É MAIS VIVA E MAIS PRÓXIMA EM NOSSAS LEMBRANÇAS.
A ALEGRIA CONSTANTE DE SER GRATO AMANDO A POSSIBILIDADE DE VENCER A MORTE EM CADA SORRISO, GENTILEZA E GESTO CONCRETO DE AMOR.
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