
“Aquele que só se preocupa com o combate contra o mal em si, e não procura, antes, crescer o bem, logo se arruinará”
Digamos que ele consiga identificar vários problemas,
inclinações, mas seu pressuposto é sempre o combate contra o mal. Com o tempo, praticar
o mal será quase uma necessidade, porque seu desejo é sempre o combater.
Ora, se o fundamento é o combate sempre precisarei de um
inimigo, mesmo que seja criado e mantido por mim. Daí decorre uma grande ruína,
pois tenho sempre que criar inimigos, para isso, posso agir mal ou até
transformar virtudes em inclinações, em problemas a serem vencidos,
erradicados.
Ao contrário se como pressuposto de uma vivência é o bem,
isto é um bem maior e quanto maior for o bem que eu espero, tanto maior será
meu empenho. Assim o bem que pratico faz crescer a bondade em mim e em outros.
Ser bom não tem limites e precisa ser praticado constantemente.
Se engana quem acredita que o bem e seu exercício são
prejudiciais e só devem ser efetivados em momentos adequados, em lugares
específicos. O que é melhor crescer o bem ou com bater o mal? Os dois são
importantes.
O problema reside em conceder ao combate o fundamento de
tudo. Crer que só praticar o bem e esquecer-se de combater o mal, nos estagna.
Podemos aumentar o “espaço” interior na luta contra o mal e esta deve estar
orientada pela busca de um bem verdadeiro. Nossas atitudes mesmo boas são
passíveis de revisão e aperfeiçoamento.
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